Resumo: Sensibilidade é um vocábulo altamente polissêmico, que recebe distintas acepções nos estudos sobre Jornalismo. Seu acionamento pode dizer respeito a aspectos da Formação Profissional, Ética e Deontologia, Rotinas Produtivas, Narratologia, Recepção etc. Este artigo centra-se em elementos na construção da narrativa em situações de cobertura jornalística ao vivo, buscando problematizar como a emergência de uma nova ferramenta tecnológica – o Facebook Live – pode tensionar e alterar a dinâmica entre os polos de produção e recepção. Por tal via, levantam-se questionamentos sobre cânones profissionais que regem as relações entre narrador, fonte e narratário no âmbito jornalístico, o lugar de fala do jornalista e a natureza de sua mediação técnico-simbólica enquanto “eu testemunhal”. Em última análise, busca-se perceber efeitos sobre a Sensibilidade do jornalista quanto à natureza e circunstâncias que cercam uma cobertura imagética ao vivo, com o incremento da interatividade com ‘públicos em rede’. Tendo como norteadoras as ideias de Antonio Fausto Neto sobre Prática e Sensibilidade jornalísticas na sociedade mediatizada, utiliza como estudo de caso ilustrativo a cobertura do O Globo do reforço da segurança na Rocinha (Rio de Janeiro) através do uso de efetivos das Forças Armadas, em setembro de 2017, analisando as próprias lives e entrevistando profissionais envolvidos nas transmissões.

Palavras-chave:  Sensibilidade & Jornalismo. Facebook Live. Novas Tecnologias de Comunicação. Jornalismo ao vivo. Fausto Neto.

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