O Observador, primeiro jornal diário nativo digital de Portugal, completa hoje três meses. Lançado no dia 19 de maio, o projeto tem como diretor David Dinis e como publisher José Manuel Fernandes. A proposta é produzir jornalismo exclusivamente para suportes digitais, fazendo amplo uso das redes sociais (sobretudo Facebook, Twitter e Google+) para a circulação das notícias.

Na opinião de António Granado, pesquisador da Universidade Nova de Lisboa, a quem realizamos uma visita acadêmica no dia 18 de junho (quase um mês após o lançamento do nativo digital), o Observador já vem apresentando bons trabalhos, embora o desafio seja abordar temas diferenciados, o que é difícil com uma equipe reduzida.

De qualquer forma, esse projeto jornalístico já suscita pesquisas centradas principalmente no seu caráter de “nativo digital”. Esse é o caso da tese de Doutorado que Diógenes de Luna vem desenvolvendo na Universidade da Beira Interior (UBI), sob orientação de João Canavilhas e com bolsa concedida pelo CNPq. Diógenes já realizou algumas visitas à redação do Observador. “O Observador já nasceu digital. É totalmente pensado para o meio digital. Há uma equipe diferenciada dos meios tradicionais, com editores de redes sociais, designers e informáticos de front-end e equipe de desenvolvimento de softwares. Possui versão em aplicativo, fan page no Facebook, perfil no Twitter e em outras redes”, pontua Diógenes. Ainda segundo o pesquisador da UBI, a atualização contínua e a equipe multimídia estão entre os diferenciais desse cibermeio.