Um dos maiores problemas para o uso de material online como fonte, especialmente  em publicações jornalísticas e artigos acadêmicos que demandam que o material citado permaneça disponível para consultas e uso futuro, é justamente o risco que o endereço URL simplesmente desapareça em algum momento e o link leve tão somente ao temido e execrado aviso “404 File Not Found“.Vários modelos para enfrentar o problema vem sendo tentados, inclusive através do Internet Archive, mas em todos parece haver falhas e lacunas.
Uma solução aparentemente mais simples está sendo oferecida pelo WebCite, um sistema de arquivamento de referências online (páginas e  websites ou qualquer outro tipo de objeto digital acessível pela Internet). O WebCite foi incubado e está hospedado na University of Toronto/University Health Network’s Centre for Global eHealth Innovation. É de uso gratuito e está registrado como membro do International Internet Preservation Consortium (IIPC).
A utilização é facílima e arquivar um endereço não leva mais de 30 segundos. Basta informar o endereço URL e fornecer alguns metadados (opcionais), como autor, data, assunto. Não é necessário se registrar para usar o sistema. Uma vez completada informação solicitada, uma cópia do material é arquivada no WebCite e um novo endereço permanente é criado.
Fiz um teste arquivando no WebCite um texto conjunto meu e de Elias Machado intitulado “Um modelo híbrido de pesquisa: a metodologia aplicada pelo GJOL”, que está arquivado no site do GJOL sob o (longo!) endereço: http://www.facom.ufba.br/jol/pdf/ 2007_palacios%20_elias_metodologia_GJOL.pdf
Rapidamente o WebCite criou e me informou um novo endereço (mais curto!) de arquivamento http://www.webcitation.org/5bi0A5cO1  Uma mensagem é também enviada para o seu endereço de e-mail, informando sobre a operação de arquivamento e seu resultado. 
E como o serviço se sustenta? Além de apoio institucional das Universidades, o WebCite cobra taxas de editores, bibliotecas e outros organismos que se interessem por ter seu material copiado e arquivado.
Estamos vivendo a desaparição do “404 File Not Found“?
marcos palacios