Um artigo da Profa. Alison Head, do Saint Mary’s College of California e especialista em usabilidade, publicado na revista First Monday, revela que estudantes de graduação não estão mais tão centrados em sites públicos de busca na Internet como fontes principais de suas pesquisas para produção de trabalhos acadêmicos.
O artigo foi produzido através de observação de listas de discussão de estudantes, análise de conteúdo e uma amostragem com 178 estudantes do Saint Mary´s College, matriculados em cursos de graduação na área de Humanidades.
Apesar da impossibilidade de generalização dos resultados, dado o limitado universo utilizado para a amostragem, o artigo parece indicar um movimento de superação dos meios mais corriqueiros de pesquisa, como buscas simples no Google, Yahoo e similares.
Segundo a autora, os estudantes muitas vezes usam Google ou Yahoo como ponto de partida, mas a discussão mostrou que essas buscas frequentemente se mostram inúteis.
As pesquisas acabam sendo conduzidas de maneira híbrida, com recursos online e offline, na tentativa de alcançar os padrões de expectativa dos docentes.
Os resultados mostram também que a maioria dos estudantes tem dificuldade de localizar e avaliar recursos de qualidade e adequados à pesquisa no universo online. Alison Head recomenda mais atenção para com a questão da capacitação dos estudantes para a localização e avaliação de fontes, como parte da sua formação acadêmica. A tarefa cabe tanto aos docentes, quanto aos bibliotecários.
No Ponto Media, Antonio Granado aponta para um outro estudo norte-americano sobre a mesma temática, realizado pela National Schoolboards Association.

marcos palacios