Jornalista da Reuters é atendido pela PM. Fonte: Matheus Leitão/Folhapress

Jornalista da Reuters é atendido pela PM. Fonte: Matheus Leitão/Folhapress

Os livros de história cravam 7 de setembro de 1822 como o dia em que o Brasil se tornou independente de Portugal. Controvérsias históricas à parte, praticamente 200 anos depois, as celebrações da data e os protestos em algumas cidades do país resultaram em confrontos. No decorrer das ações, jornalistas foram agredidos e tiveram dificuldades para realizar seu trabalho tanto por causa da polícia como dos manifestantes.

Em Brasília, o fotógrafo Ueslei Marcelino, da Reuters, caiu e foi atacado por um cachorro do Batalhão de Choque da Polícia Militar. Quando tentaram conversar e chegar perto de Marcelino, outros fotógrafos e repórteres foram afastados pelos policias com spray de pimenta. Enquanto a Folha de S. Paulo enfatiza que, na ocasião, a polícia estava em confronto com os manifestantes que procuravam chegar ao Estádio Nacional de Brasília – onde a seleção brasileira enfrentou a australiana –, o Yahoo! Notícias informa que não havia problemas nas proximidades.

O profissional foi removido do local pela própria PM para receber atendimento médico no Hospital de Base. Em nota divulgada, a Secretaria de Comunicação do Governo do Distrito Federal informou que o jornalista apenas caiu e machucou o joelho, não sendo mordido pelos animais da BPCães. O Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Distrito Federal lamentou o ocorrido e citou o caso do jornalista Luciano Nascimento, agredido pelos policiais. Nascimento trabalha Empresa Brasil de Comunicação (EBC), que veiculou uma nota de repúdio.

Jornalistas são impedidos pela PM de ajudar colega ferido. Fonte: Agência Estado

Jornalistas são impedidos pela PM de ajudar colega ferido. Fonte: Agência Estado

Segundo a Folha, um de seus fotógrafos, Fábio Braga, também foi atacado pelos cachorros da PM, embora não tenha se ferido. Ainda de acordo com o veículo, outros de seus repórteres foram ameaçados por membros do grupo ‘black blocs’, que depredaram concessionárias de automóveis e tentaram entrar no prédio da TV Globo.

Jornalistas são agredidos em Manaus, ao final da celebração. Fonte: Márcio Silva/A Crítica

Jornalistas são agredidos em Manaus, ao final da celebração. Fonte: Márcio Silva/A Crítica

No Rio de Janeiro, um jornalista da Globo News foi hostilizado por manifestantes, com o profissional deixando o local dentro do carro da PM, segundo O Globo. O G1 Amazonas noticiou que, em Manaus, um manifestante foi preso após agredir uma jornalista com soco nas costas. Ao final do desfile em comemoração à data, jornalistas foram ameaçados e agredidos por manifestantes que se recusaram a passar pela revista, de acordo com o jornal A Crítica.