Os livros de história cravam 7 de setembro de 1822 como o dia em que o Brasil se tornou independente de Portugal. Controvérsias históricas à parte, praticamente 200 anos depois, as celebrações da data e os protestos em algumas cidades do país resultaram em confrontos. No decorrer das ações, jornalistas foram agredidos e tiveram dificuldades para realizar seu trabalho tanto por causa da polícia como dos manifestantes.
Em Brasília, o fotógrafo Ueslei Marcelino, da Reuters, caiu e foi atacado por um cachorro do Batalhão de Choque da Polícia Militar. Quando tentaram conversar e chegar perto de Marcelino, outros fotógrafos e repórteres foram afastados pelos policias com spray de pimenta. Enquanto a Folha de S. Paulo enfatiza que, na ocasião, a polícia estava em confronto com os manifestantes que procuravam chegar ao Estádio Nacional de Brasília – onde a seleção brasileira enfrentou a australiana –, o Yahoo! Notícias informa que não havia problemas nas proximidades.
O profissional foi removido do local pela própria PM para receber atendimento médico no Hospital de Base. Em nota divulgada, a Secretaria de Comunicação do Governo do Distrito Federal informou que o jornalista apenas caiu e machucou o joelho, não sendo mordido pelos animais da BPCães. O Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Distrito Federal lamentou o ocorrido e citou o caso do jornalista Luciano Nascimento, agredido pelos policiais. Nascimento trabalha Empresa Brasil de Comunicação (EBC), que veiculou uma nota de repúdio.
Segundo a Folha, um de seus fotógrafos, Fábio Braga, também foi atacado pelos cachorros da PM, embora não tenha se ferido. Ainda de acordo com o veículo, outros de seus repórteres foram ameaçados por membros do grupo ‘black blocs’, que depredaram concessionárias de automóveis e tentaram entrar no prédio da TV Globo.
No Rio de Janeiro, um jornalista da Globo News foi hostilizado por manifestantes, com o profissional deixando o local dentro do carro da PM, segundo O Globo. O G1 Amazonas noticiou que, em Manaus, um manifestante foi preso após agredir uma jornalista com soco nas costas. Ao final do desfile em comemoração à data, jornalistas foram ameaçados e agredidos por manifestantes que se recusaram a passar pela revista, de acordo com o jornal A Crítica.
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