A apropriação dos meios sociais pelos jornalísticos é dada de diversas formas nos mais variados locais. Com a publicação de “Accountability through Social Media at the BBC“, uma avaliação feita na BBC sobre o uso das redes e mídias sociais, duas postagens sobre o tema chamaram minha atenção. A primeira é do pesquisador português, Antônio Granado, e a outra é do pesquisador brasileiro, Rogério Christofoletti. As duas, fazendo um comparativo ao uso feito pela BBC, indicam que existe uma deficiência nas apropriações em seus respectivos países. Realmente, na maioria dos casos, pelos menos os que tenho conhecimento, são incipientes.

Como a bibliografia relacionada ao tema ainda é pequena e, principalmente, os usos não são consolidados, surgindo a cada instante novos experimentos, sinto dificuldade em estabelecer usos apropriados e aferir o estado da arte em cada país. Contudo, isso não justifica, pois, como cita Christofoletti, “o jornal mais influente do país – a Folha de S.Paulo – só foi perceber que as mídias sociais podem ajudar seus canais convencionais de jornalismo há pouquíssimo tempo. Com isso, há três meses apenas, criou a função de editor de mídias sociais, cargo para coordenar ações nesses vetores”.

Alberto Marques