Quem aponta o paradoxo é Elio Gaspari, em comentário hoje na Folha de S. Paulo.
“Chega nas próximas semanas às livrarias “Free – O Futuro de um Preço Radical”, de Chris Anderson, editor da revista “Wired”. A palavra inglesa “free” quer dizer livre, mas também significa grátis. Sua tese é fascinante: dado que os custos da memória dos computadores, do armazenamento e da transmissão de informações tornaram-se desprezíveis, o século 21 assistirá ao crescimento da economia das coisas sem custo, como o Google, a Wikipedia e os softwares abertos.
(…) A edição eletrônica do livro “Free” foi oferecida de graça aos americanos durante algumas semanas. Agora o livro de papel custa US$ 27 (R$ 52) e uma versão digital sai por US$ 10 (R$ 19). No Brasil, o volume custará R$ 59,90 (US$ 31), e a editora Elsevier-Campus ainda não decidiu se colocará na rede uma versão digital grátis, ou mesmo paga, a um preço mais baixo. Dói pensar que uma exaltação da economia do grátis (ou dos produtos baratos) do século 21 só seja comercializada no Brasil como se fosse um impresso do século 15″.

marcos palacios