O Treasury Committee (Comitê do Tesouro) da Câmara dos Comuns (House of Commons) do Parlamento inglês está conduzindo uma investigação sobre a atual crise do sistema bancário e financeiro e está examinando “o papel da mídia na estabilidade financeira e se jornalistas deveriam operar sob alguma forma de restrição de reportagem durante crises bancárias”.
Em outras palavras, se existe “censura de guerra”, por que não implantar uma “censura de crise financeira”? Pelo menos é o que parece estar perguntando o Treasury Committee e é assim que estão interpretando vários jornalistas econômicos inglêses, que reagem à altura à ameaça de restrições.
Associações de mídia, incluindo a Periodical Publishers Association e a Newspaper Society estão preparando relatórios para submeter ao Comitê.
O Diretor Executivo da Society of Editors, Bob Satchwell, disse que é “idiota” (silly) “culpar o mensageiro (to blame the messenger)”.
“Já existem demasiadas restrições ao jornalismo neste país. Não queremos mais nenhuma e o público tem o direitor de saber”, afirma Satchwell.
A consultora senior para assuntos legais da Newspaper Society, Sue Oake, declarou que “Jornalistas financeiros já operam sob fortes controles estatutários e de auto-regulação que não apenas proibem a produção de qualquer declaração que possa ser enganosa (misleading) mas também torna ilegais práticas como a participação e manipulação em mercados através de conhecimento de informação privilegiada (insider dealing)”. Oak disse que o Código de Prática da Press Complaints Committee (PCC) define pautas detalhadas de conduta legais e éticas.
A investigação proposta pelo Treasury Committee começou com a abertura de um chamamento para que evidência publica seja submetida ao Comitê, para uso no julgamento do caso. O prazo para submissão de evidência encerra-se no dia 6 de janeiro de 2009.
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marcos palacios