Mark Hopkins, no Mashable, faz um comentário sobre um caso recente de suicídio de um adolescente na Inglaterra, que vem sendo relacionado com uma rede social direcionada para adolescentes, a Bebo.
Sam Leeson, um estudante de 13 anos, de Tredworth (Gloucestershire) enforcou-se em seu quarto após, aparentemente, ter sofrido meses de ameaças online através de participantes da Bebo.
Sam identificava-se como um emo, uma tribo urbana cujo nome vem de “emocore”, um tipo de música, sub-gênero do punk (hardcore), onde as letras são muito emotivas, falando de amor. Os emos geralmente se vestem com roupas pretas, usam cabelos com franjas longas encobrindo os olhos e muita maquiagem preta nos olhos.
Os emo, em função de seu visual e de seus traços de comportamento, são de fato, com muita frequência, objeto de gozação e mesmo ameaças, na web e fora dela. A ilustração abaixo é um exemplo desse tipo de prática, com ameaça de socos na cara gratuitos para aqueles que exibam visual emo (“Se você usa esse tipo de corte de cabelo, espere um soco na cara em 6-6-06“).O que preocupa Hopkins em sua postagem no Mashable é que a associação entre redes de relacionamento e atitudes anti-sociais dá espaço para a demonização das redes sociais em geral e para que políticos oportunistas, como Madeleine Moon (Labour Party- Bridgend), lancem campanhas por legislação coibitiva do funcionamento desse tipo de serviço na Internet, engrossando o coro daqueles que batalham por medidas restritivas ao funcionamento da Web em geral.

marcos palacios