Numa semana marcada pela perda de pelo menos 1000 postos de trabalhos nos jornais norte-americanos, J.D. Lasica, no Social Media, chama a atenção para o comentário de Leonard Pitts Jr., um colunista do Miami Herald, que fala da necessidade de reinventar o jornal.

Lasica assinala que Pitts Jr. começa bem ao afirmar que:
“Nós, que estamos no negócio de venda de notícias, ainda temos que nos adaptar. Sim, todo jornal agora tem um site. Alguns, como Herald, têm também Tv e rádio. Eu estou falando de algo mais: uma radical mudança de foco.
“Nós ainda tendemos a ver nossos websites como subsidiários à nossa missão primária de produzir jornais. Mas eu sugiro que nossa missão primária é reportar e comentar sobre notícias e que é o jornal que se tornou subsidiário.
Assim, talvez tenhamos que encarar a Internet não como uma coisa extra que nós fazemos, mas como o centro das coisas que fazemos. Talvez tenhamos que maximizar o fato de que nós conhecemos nossas cidades melhor do que ninguém. Talvez tenhamos que encarar nossos websites não apenas como recreações online de nossos jornais, mas como entidades em si mesmos, portais de destino para aqueles que buscam notícias e pontos de vista a partir e sobre uma determinada cidade, mas também para aqueles que querem encontrar um bom médico na cidade ou contatar os líderes locais, ou pesquisar a história daquela cidade. Talvez nosso objetivo seja nos tornamos o guia indispensável de nossas cidades.”

Até aí tudo bem, comenta J.D. Lasica.
Mas vem então o escorregão:
“E então, talvez possamos contratar as pessoas brilhantes que descobriram como fazer o Google e o Yahoo lucrativos e perguntar a eles como fazer nossos sites lucrativos também.”

E vem então a pérola:
“Talvez – e aí vai uma idéia herética – seja tão simples quanto fazer com que os leitores online paguem por nosso produto, como pagam os leitores no impresso”.

E J.D. Lasica ironiza:
“Ha, ha!
Isso vai realmente funcionar! Por que ninguém pensou nisso antes? “

marcos palacios