Jornalismo online, webjornalismo, ciberjornalismo, jornalismo eletrônico e Jornalismo digital ou Jornalismo multimídia. Apesar de uma certa distinção entre autores norte-americanos, espanhóis e brasileiros sobre o uso destas terminologias, existem definições precisas sobre estes termos. Infelizmente, observo que algumas provas realizadas em concursos públicos ignoram esse fato. Citam termos e não fazem referência ao autor ou à escola a que ele está ligado. Isto não acontece apenas com estas terminologias.

De forma empírica, percebo que, muitas vezes, a generalização é regra nas perguntas relacionadas às novas tecnologias, especialmente à internet – principalmente as questões que não têm consenso conceitual e que estão começando a ser debatidas no Brasil.

Muitas bancas exploram conceitos pouco usados nos meios acadêmicos. Um exemplo é o termo jornalismo virtual. A nomenclatura foi usada numa questão da Cesgranrio, fundação ligada à Universidade Federal do Rio de Janeiro. A pergunta questionava suas características. Segundo a resposta, suas características são: “localidade, simplificação, superficialidade e banalização”. Neste caso, foi indicado o autor.

Os temas centrais e de maior relevância, no jornalismo e na comunicação, são abordados de forma concreta e, na grande maioria das vezes, pouco reflexiva. Felizmente, estas provas fogem da regra dos concursos jurídicos: quanto menos relevante o tema, maior importância em concursos, de acordo com o professor de direito constitucional e autor de um dos principais livros para concurso na temática, Vicente Paulo.

Pierre Levy, Marshall Mcluhan, Mauro Wolf, John B. Thompson, Armand Mattelart são apenas alguns exemplos de autores cobrados periodicamente em concursos. Em relação à utilização da internet para fins jornalísticos, autores como Marcos Palacios, Elias Machado, Pollyana Ferrari, Luciana Moherdaui e J.B. Pinho, entre outros, são extremamente cobrados.

De uma forma geral, instituições como Cespe – ligada à UNB – e Cesgranrio são rígidas na elaboração de suas provas. Ao conhecer estas bancas, é presumível quais autores serão utilizadas para elaboração das provas.

Este texto é uma contribuição para a Ciranda Textos, que está sendo lançada mais uma edição hoje, no Blog de Celia Santos.

Alberto Marques