The Financial Times comprou o site norte-americano de análise e informação financeira Money-Media, com o objetivo de extender sua cobertura da indústria de gerenciamento global de fundos, de acordo com informação do Jounalism.com.uk.
De acordo com um comunicado da Pearson, o grupo que controla o FT, o site recém-adquirido obteve receitas de cerca de £8.1 milhões em 2007, sendo aproximandamente dois terços desse total através de assinaturas para acesso a seus conteúdos.
“A aquisição fortalece e estende nossa estratégia de construir negócios digitais fortes à base de assinaturas em setores essenciais”, informou John Ridding, diretor executivo do FT.
“Money-Media construiu uma audiência leal e qualificada nos Estados Unidos. Eles têm uma forte equipe gerencial e editorial, com uma abordagem de negócios que deverá se encaixar muito bem com o FT. Vejo substanciais possibilidades para o crescimento internacional com suas publicações”, completou Ridding.
Enquanto isso, Mark Sweney informa que segundo um relatório da Bear Stearns, o Wall Street Journal necessitaria um incremento de 12 vezes o número de usuários atuais para abrir mão de seus conteúdos pagos, sem perda de receita. As contas são feitas à base de U$ 6 trazidos pela publicidade para cada usuário visitando a edição gratuita.
Alguns analistas questionam os números utilizados na análise e acrescentam, além disso, que os U$ 78 milhões produzidos anualmente pelas assinaturas dos 989 mil usuários pagantes do WSJ não constituem uma quantia com zeros suficientes para preocupar uma organização como o Império Murdoch. Se a abertura de conteúdo vier a ocorrer, não estará baseada numa matemática tão simples quanto essa, mas ancorada em outros objetivos estratégicos, para além de um rápido retorno a níveis de receita através de publicidade trazida pelo trâfego maior numa edição “liberada”.

marcos palacios