No domingo, divulgamos uma notícia que – avisamos – mais parecia uma pegadinha de Primeiro de Abril: um site p2p com 25 milhões de músicas para serem baixadas legal e gratuitamente, com o aval de quatro das maiores gravadoras do mundo.
No dia seguinte já circulavam as primeiras más notícias: as gravadoras informaram que de fato “negociações estavam em andamento”, mas nenhum acordo formal estava firmado.
Resultado: o site da Qtrax, que deveria ter começado a funcionar à zero hora de segunda feira, “adiou” a liberação das músicas.
O problema adicional é que a Qtrax tem ações em bolsas de valores e todo esse vai-e-vem pode ter graves efeitos sobre o valor da empresa, inclusive com possíveis desdobramentos legais.
Melou a coisa?
Não me parece.
O gato saiu do saco! Já está mais do que claro que o modelo de copyright – tal como nós o conhecemos – está moribundo e vem recebendo seguidas extrema-unções. Essa é mais uma. A liberação das músicas com apoio de publicidade para cobrir custos e direitos de autores (ou algo muito similar) é certamente um modelo de negócio que virá a ter sua vigência – logo, logo – e com apoio de todas as gravadoras que pretenderem permanecer no ramo.
As negociações vão prosseguir, pouco a pouco as músicas começarão a ser introduzidas e o modelo testado.
Como eu disse no domingo, vamos acompanhar os desenvolvimentos.
No site da Qtrax já é possível fazer o download do player que será usado para ouvir as músicas a serem baixadas. Por agora, ele pode ser utilizado para ouvir músicas que os usuários já possuam no computador. Sugiro que baixem e se acostumem com ele. Em breve vão usuá-lo para ouvir música fornecida via Qtrax.
Sou capaz de apostar.

marcos palacios