A propósito da interrupção da coluna de Penelope Trunk no Yahoo Financial Report, motivada – pelo menos oficialmente – pelo “volume inadequado de usuários” atraídos para ela, Edward Wasserman, Knight Professor de Ética do Jornalismo na Washington and Lee University, publicou um comentário no Miami Herald, sobre o difícil equilíbrio entre “ser popular” e “ser importante”, no que se refere a critérios editoriais no jornalismo.
Wasserman menciona um estudo que comparou notícias assinaladas como as “preferidas pelos editores” com aquelas “preferidas pelo público”, no qual a sobreposição das duas categorias é de menos de 25%.
Que fazer? Publicar o que atrai público ou o que é realmente importante? Ou – alternativamente – como atrair o público para o que é importante?
A questão evidentemente é tão antiga quanto o jornalismo: “jornalismo como serviço público ou jornalismo como produção de uma mercadoria, um bem de consumo?”, mensurado em seu valor primordialmente por seu caráter “vendável”? Como conciliar os dois conceitos?
Wasserman assinala que, muitas vezes, notícias que são muito pouco lidas têm imenso impacto social, simplesmente por exporem publicamente uma determinada situação ou evento.
O novo no comentário de Wasserman é seu foco no jornalismo online, onde o debate se renova.
Via The Editors Weblog
marcos palacios