O artigo “Mídia e Cultura na Bahia: As Vozes e Versões Silenciadas”, de Leandro Colling, publicado ontem no Observatório da Imprensa, passou a ser centro de um tipo de atenção que extrapola os termos do debate originalmente ali planteado. Foi denunciada, pela Assessoria de Comunicação Digital da Secretaria da Cultura da Bahia, a colocação de um comentário ao artigo, apocrifamente assinado por “Marcio Meirelles, Secretário de Cultura da Bahia”.
A Assessoria de Comunicação do Secretário informou que “o comentário postado com o nome do “Márcio Meirelles, Salvador – BA – Secretário” foi escrito por outra pessoa. O Secretário de Cultura da Bahia manifesta enfaticamente o seu descontentamento por haver outras pessoas utilizando seu nome, em flagrante falsidade ideológica. O Secretário de Cultura da Bahia defende a livre manifestação na Internet, mas afirma que isso não exime as pessoas da responsabilidade por seus atos, e muito menos do respeito a outros seres humanos. Além da violência ora cometida, o ato também agride ao autor do texto, o jornalista Leandro Colling, ao inadvertidamente deslocar a relevante discussão que ele pontua com seu excelente artigo. A equipe da Secretaria de Cultura está disponível para quaisquer esclarecimentos sobre este fato. Iuri Rubim, Assessoria para Cultura Digital”.
O comentário apócrifo foi retirado pela editor adjunto do Observatório da Impresa, com a seguinte observação:”O comentário que teve a autoria contestada foi removido até que o autor se identifique. Caso Márcio Meirelles seja de fato autor da mensagem, seu comentário será republicado”.
O fato coloca em pauta um dos aspectos mais controversos envolvendo os mecanismos de participação no jornalismo digital e na Internet de modo geral: como averiguar a credibilidade e legitimidade daquilo que aparece como “comentário” ou “contribuição” de cidadãos?
Registro prévio, como é exigido por alguns blogs e outras publicações, é uma solução?

marcos palacios