Neste começo de outono, o mercado de comunicação espanhol ver nascer um novo título. O Publico chegou hoje às bancas do país, ao preço de €0,50 (custará €1 aos domingos) com uma tiragem de 250 mil exemplares e, segundo reporta o blog Escolar.net, de Ignacio Escolar (que é o diretor de redação do diário), às 12h21 (hora local) já tinham sido todos vendidos nos quiosques.
Com uma linha definida como popular, mas sem ser sensacionalista, o Público trabalha com um modelo de redação integrada, ou seja, apenas uma redação para o impresso e a edição online. O formato é tablóide, todo em cor e não terá editoriais. A razão para eliminar os editoriais, explica Ignacio Escolar:

“Porque, en mi opinión, una sociedad anónima no puede tener opinión sobre nada. Las opiniones son de las personas físicas, no de las personas jurídicas, que –más que opiniones- lo que tienen son intereses. El editorial es una figura periodística que tenía sentido en el siglo XIX, cuando la opinión no era libre y a veces era necesario parapetarse tras la cabecera del diario, desde el anonimato, para opinar con mayor libertad. Ahora no tiene sentido. En otros países, como Italia, no es tan novedoso que un diario no lleve artículo editorial. Y sí, haremos sondeos de opinión propios: uno semanal que se llamará Publiscopio y algunos más específicos, de cara a las elecciones.”

Na versão online, o Público agrega conteúdo em vídeo, recursos da web 2.0 (os chamados marcadores sociais de favoritos), as notícias de última hora acompanham as páginas internas das matérias, aparecendo à direita, e privilegia um layout verticalizado. Dá preferência por um formato de texto linear, sem links no corpo, indicando as notícias relacionadas ao lado.
Ah, o título chega com a firme decisão de concorrer diretamente com o El País. Vamos acompanhar.

Suzana Barbosa