No Portal Cultural Anand Rao, foi publicado um comentário de Fernando Brant, intitulado No Baile do Ministro Banda Larga Autor não entra, criticando as posições de Gilberto Gil, Ministro da Cultura do Brasil, especificamente no que se refere ao direito de autor e a defesa do Creative Commons por Gil.

Brant entende que:
“Cultura se faz com criadores, sejam indivíduos ou uma coletividade. E o direito autoral é uma conquista da civilização. Vem dos ideais de liberdade, igualdade e fraternidade. O que se opõe ao iluminismo, que nos deu o direito autoral, é a barbárie. E essa parece ser a meta dos que defendem o Creative Commons.”
E ele conclui seu artigo-manifesto com estas linhas de conclamação:
“Quem defende a barbárie não é moderno nem revolucionário. Quem está a favor dos direitos não é conservador: é civilizado. Autores, artistas e músicos brasileiros: protejam-se do ministro bárbaro, exterminador de criadores. Lembrem-se da lição de Cacilda Becker: “não me peçam de graça a única coisa que tenho para vender”.
Como se vê, ainda há gente para quem a legislação de “direito de autor”, em sua forma atual, aparece como coisa dada ou inspirada pela Providência Divina, estabelecida para todo o sempre e absolutamente “imexível”.
Parece que para Brant, até mesmo pensar-se em outras formas de modelos de negócios e outros mecanismos de remuneração do trabalho autoral constitui ato subversivo da mais alta periculosidade.
Sorte de alguns que já não existe o DIP nem o DOPS.
marcos palacios