A produção acadêmica do Brasil bateu um novo recorde em 2006. O país foi responsável por 1,92% dos artigos publicados em periódicos indexados na base de dados do ISI (Instituto de Informação Científica, na sigla em inglês), coleção que reúne as mais destacadas publicações do planeta.
Em números absolutos, os pesquisadores brasileiros publicaram 16.872 artigos, cerca de mil a mais do que em 2005. Com tal desempenho, o país subiu da 17ª para a 15ª posição no ranking das 25 nações mais produtivas, deixando para trás, ainda que por uma pequena margem, países desenvolvidos como a Suécia e a Suíça.
Os dados foram divulgados pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), agência do Ministério da Educação que avalia os programas de pós-graduação. “Em 2002, estávamos em 20º lugar; em 2005 subimos para 17º.
O patamar atual era esperado apenas para 2009”, disse Jorge Almeida Guimarães, presidente da Capes. O que mais impressiona é a velocidade com que a produção brasileira vem avançando. Entre 2004 e 2006, o aumento foi de 33%. “O crescimento é exponencial e resulta, entre outros fatores, da estratégia da Capes de cobrar com rigor a publicação de artigos”, afirma Rogério Meneghini, coordenador científico da biblioteca eletrônica SciELO Brasil.
As áreas que exibiram um maior aumento na produção acadêmica entre 2005 e 2006 foram as de imunologia (23%), medicina (17%), produção animal e vegetal (13%), economia (12%), ecologia e meio ambiente (12%) e engenharias (11%).
Os Estados Unidos estão, como é tradição, no topo do ranking, com 32,3% da produção científica mundial. Mas houve mudanças de posição no primeiro pelotão em relação a 2005. A Alemanha desbancou o Japão e assumiu o segundo lugar, com 8,1% do total de artigos. Na quarta posição surge a China, com 7,9% dos artigos, pela primeira vez à frente da Inglaterra, com 7,27%.

Via Revista Fapesp