Lia Seixas, no blog Gêneros Jornalísticos, faz uma análise da entrevista Arnaldo Antunes sobre a “Crise dos Gêneros”.

Um trecho da entrevista e um comentário:
” (…) Transformo em matéria os rascunhos, os pensamentos. Tenho de escrever, olhar, cotejar. Os meios digitais são muito adequados a esse pensamento mais fragmentário. Quando faço uma arte-final, posso experimentar várias versões, salvar, imprimir, rascunhar, mudar a ordem das partes. Eu penso materialmente, penso olhando a obra. Trabalho tanto por adição, ao criar informações, como por subtração, ao eliminar sobras até chegar ao que realmente interessa. (…)”Concordo. E estenderia essa relação para os objetos e para a produção (extensão ao que só ‘pensamento’). Existem tipos de eventos, acontecimentos, fatos que se adequam mais ou menos a uma midia ou outra, pela caracteristica semiologica desta. Assim como existem gêneros mais ou menos adequados a uma ou outra midia, já dizia o professor Luis Marcuschi. Mais claramente, sabemos, a produção se organiza segundo a midia e vice-versa (McLuhan). Poderiamos parafrasea-lo dizendo: “O jornalista produz a matéria, pensando o tipo de composição”.

marcos palacios