Foi divulgada a lista das oito Maravilhas do Mundo e o Cristo Redentor, no Rio de Janeiro, ficou entre as sete eleitas. As Pirâmides do Egito foram incluídas hors concours.

A Estátua da Liberdade (o conceito anda em baixa nos Estados Unidos) foi das menos votadas e ficou fora da lista.
O Estadão produziu um especial para comemorar a promoção do Cristo a Maravilha. Além da história da estátua, muitas fotos, etc, há também uma seção sobre as Controvérsias rodeando o Redentor.
A foto acima ilustra o poder de censura que, em 1989, a Igreja Católica ainda era capaz de exercer no Estado brasileiro. O carnavalesco Joãosinho Trinta acabou provocando um dos episódios mais conhecidos da briga “igreja versus arte” quando tentou levar uma réplica da estátua do Cristo Redentor para a Marquês de Sapucaí, em um desfile da escola de samba Beija-Flor de Nilópolis. O enredo era “Ratos e Urubus, Larguem minha Fantasia” e a idéia era que Cristo, de braços abertos sobre uma montanha de lixo em um dos carros alegóricos da escola, representasse a impunidade e a desigualdade carioca. A Igreja pressionou e o governo da época (José Sarney), não teve coragem de resistir e proibiu, da mesma forma que proibiu a exibição do filme “Je vous salue, Marie”, de Jean-Luc Godard, considerado herege pelo papa João Paulo II.
Aliás, agora também o Vaticano protesta contra a eleição das Maravilhas. Reclama que nenhum monumento “cristão” foi incluído (Capela Sistina, Santo Sepulcro, Catedral da Sagrada Família, etc).
O Cristo Redentor é considerado “ponto turístico”.

marcos palacios