O fechamento do Backfence, que oferecia serviços de jornalismo hiperlocal para 13 localidades nos Estados Unidos, continua gerando uma viva polêmica na Blogosfera.
Scott Karp postou no Publishing 2.0 um comentário baseado em algumas buscas realizadas por ele no Google.
Em primeiro lugar, Karp mostra que usando como palavra-chave “Reston” (o nome da localidade onde está uma das primeiras comunidades do Backfence), a indicação do Backfence não aparece nas primeiras colocações da primeira página dos resultados da busca. O mesmo se repete para todas as outras 12 comunidades incluídas no Backfence, que vão aparecer ou entre as últimas indicações da primeira página de resultados, ou na segunda página.
Os sites que aparecem com mais destaque nos resultados das buscas, indicam a existência de comunidades ativas, funcionando em sites muitas vezes de desenho antiquado, lembrando os antigos Bulletin Boards. Nada dos “cantos arredondados” do Backfence, nem qualquer tempero de Web 2.0, mas claramente em funcionamento.
Em seguida, utilizando o Google database, Karp buscou investigar o que as pessoas têm em mente quando procuram por “Reston” no Google. Os resultados indicam que, fundamentalmente, os usuários estão querendo encontrar lugares onde comer, praticar esportes, consultar um dentista, localizar a sede local da ACM, alugar uma casa, etc.
A pergunta lançada por Karp é: o problema com o jornalismo hiperlocal que se está praticando não seria um foco exagerado na idéia de “comunidade”, em detrimento de “utilidade”? E ele conclui:
“Hiperlocal refere-se a “comunidade”, é claro, mas na web a idéia se aproxima mais de “utilidade” – o hiperlocal é onde vivemos nosso cotidiano e fazemos tudo que temos que fazer.
“O problema com toda reflexão em torno do hiperlocal – sugere Karp – é que ela está direcionada para aquilo que pensamos que as pessoas necessitam, ou seja, mais notícias locais e não para o que elas querem, ou seja, ajuda para fazer as coisas de seu dia-a-dia.
“Isso não significa que o hiperlocal não deva evoluir na era 2.0, mas deve fazê-lo com entedimento de como a Web funciona, e não com nostalgia de como os jornais locais costumavam funcionar”, finaliza Karp.

marcos palacios