A rede Backfence de jornalismo hiper-local, considerada uma das mais promissoras experiências de jornalismo hiperlocal, vai fechar todos os seus 13 sites.
Como não poderia deixar de ser, o fato está gerando uma enorme repercussão na Blogosfera.
O fim do Jornalismo Hiperlocal?
Os pioneiros correm os maiores riscos…
Lições a serem tiradas…
Em direção ao hiperlocal 2.0?
etc, etc, etc
Uma seleção de algumas postagens sobre o assunto pode ser recuperada em Praized.
Jeff Jarvis, no Buzzmachine, sintetiza muitos pontos de vistas que estão sendo circulados quando diz:
“Hiperlocal, eu acredito firmemente, não vai acontecer em um só site. Só funcionará via redes: conteúdos, comercial, social. Necessitamos uma combinação de modelos e plataformas.”
O que Jarvis quer dizer é que um empreendimento desse tipo não pode dar certo senão se funcionar como ponto de agrergação de vários esforços convergentes: jornais, comunidades virtuais, blogs, colaboradores avulsos…
De meu ponto de vista, continua em aberto uma questão central, que Jarvis coloca mas não expande: o que mobiliza os cidadãos a participar em sites dessa natureza?
De meu ponto de vista, continua em aberto uma questão central, que Jarvis coloca mas não expande: o que mobiliza os cidadãos a participar em sites dessa natureza?
Ego, pagamentos, influência, altruismo? Tudo isso combinado? E como desencadear esse impulso participativo?
Ou talvez, como questão preliminar e, a meu ver ainda não cabalmente respondida:
Os cidadãos querem, de fato, participar?
marcos palacios




10/07/2007 at 21:55
(Sorry, só agora fui ler esse post mais antigo)
Então… creio que sim, os cidadãos querem participar. Eles (nós) já fazem(os) isso. Ninguém vive sozinho. É inerente ao ser social comunicar-se, contar ao outro aquilo que lhe desperta interesse.
Qual é esse INTERESSE – é a resposta para a pergunta anterior: “o que mobiliza os cidadãos a participar em sites dessa natureza?”
A Pollyana Ferrari está debruçada sobre essa questão no doc dela. Embora eu não tenha estudo específico nessa direção, essa pergunta me incomoda. Especialmente quando percebo que se trata do calcanhar de Aquiles de todo jornalismo colaborativo. Ou outros processos colaborativos próprios da web 2.0.
Aposto pesado em meritocracia, Palacios. O conceito é denso, sei, mas na base dele está a simplicidade com que vários cidadãos repórteres me responderam na dissertação: “Sou cidadão repórter do OhmyNews porque, assim, sou alguém”.