A Agência Brasil informa que “até julho, em parceria com o governo, os quilombolas esperam concluir um programa de inclusão digital iniciado em 2003. Segundo o diretor da Casa de Cultura Tainã, em Campinas (SP), Antonio Carlos Silva, estão previstos pontos de comunicação em 15 quilombos situados em áreas isoladas de sete estados. Outros doze pontos devem funcionar em comunidades urbanas.

O programa de inclusão digital de comunidades quilombolas surgiu a partir de um convênio com o Ministério das Comunicações. O governo tem investido entre R$ 200 mil a R$ 300 mil anuais para a instalação dos pontos, que permitem uma série de formas de comunicação, como rádio, telefonia fixa (por meio de “orelhões”) e computadores. Dos 15 quilombos incluídos no programa, sete ainda não finalizaram as instalações, segundo o diretor da Casa Tainã.”
Considerando-se que existem cerca de 1.100 quilombos no Brasil, o mínimo que se pode dizer dos números de conexões planejadas até o momento é que “falta muuuuiiito”! E reparem que o programa foi estabelecido em 2003! É verdade, também, que muitos quilombos estão em regiões não isoladas, alguns até em áreas suburbanas, tornando mais fácil a implantação de acesso. O problema é que, estejam onde estiverem, constituem comunidades menos favorecidas, que devem estar entre as prioridades da inclusão digital, a um ritmo compatível com seu número.
marcos palacios