Foram divulgados os primeiros resultados do estudo Eyetrack 07, do Poynter Institute, que testou 600 voluntários através do acompanhamento dos movimentos dos olhos em seus processos de leitura. Uma das observações contraria a idéia de que leitores contemporâneos, especialmente quando lêem em telas de computadores, manifestam atenção flutuante e pouco tempo de fixação ao texto. Pelo contrário, o estudo indica que o fenômeno da leitura em profundidade (reading deep) é a regra e não a exceção.
E mais uma surpresa: leitores online lêem mais dos textos que selecionam que os leitores de jornais impressos. Em média, leitores online lêem 77% dos textos escolhidos, contra 62% de leitores de jornais em formato tradicional e 57% dos consumidores de tablóides.
Os leitores online se dividem em dois tipos: os metódico e os scaneadores (Scanners), cerca de 50% de cada tipo. Já os leitores de impressos contam com 75% de leitores metódicos. Os escaneadores primeiro fazem uma leitura ‘por alto’ de toda a página e, em seguida, escolhem o que vão ler em detalhes; os metódicos começam com a leitura de uma história e em seguida passam para outras, sucessivamente. No entanto, não importa se os leitores são de um tipo ou de outro com relação ao volume de texto que lêem: os dois tipos se equivalem.
No site do Poynter pode-se assistir a um vídeo da apresentação dos resultados preliminares e consultar-se documentos relativos ao estudo.

marcos palacios