Ano passado a agência Reuters retirou da sua base de dados 920 fotografias, produzidas por um de seus colaboradores que cobria o conflito entre Israel e o Hezbolá, no Líbano. A decisão se deu após a agência ter descoberto que o fotógrafo Adnan Hajj havia manipulado pelo menos duas imagens com o Photoshop.

Por causa do fato envolvendo o repórter fotográfico, a Reuters acaba de anunciar um novo chefe de fotografia para o Oriente Próximo. Comunicou também que irá estreitar o controle na edição de suas imagens. As medidas foram anunciadas por David Schlesinger, diretor da agência de notícias. Shlesinger informa que estão trabalhando em parceria com as principais empresas fotográficas e de software para desenvolver um instrumento técnico que possa detectar possíveis fraudes digitais.

Num post aqui no blog, Palacios revela que “as fotos dos bombardeios em Beirut, digitalmente manipuladas por Adnan Hajj, não são fato isolado. Em um artigo intitulado A question of truth: photojournalism and visual ethics, publicado no site da National Press Photographers Association, Donald Winslow discute outros casos recentes de manipulação digital, incluindo uma escandalosa montagem produzida pelo Nuevo Herald, de Miami.”

O nomeado para o cargo foi Stephen Crisp, um britânico que já trabalhou para a agência em vários postos, desde 1985.
Um portavoz da Reuters assinalou que a agência não divulgará mais detalhes sobre esse assunto.
Via El Mundo

Alberto Marques