Opinião e Notícia informa que “um grupo de editoras lançará o projeto “Pasta do Professor”, no primeiro semestre de 2007, com o objetivo de evitar que alunos façam cópias de textos técnico-científicos”.
“O programa eliminará os arquivos de textos em papel, digitalizando-os. Hoje, nas universidades é comum o professor selecionar e fotocopiar trechos de livros para que os alunos não tenham de comprá-los. Uma vez digital, a cópia deixa de ser ilegal.
“As editoras irão armazenar, em um centro de dados, o conteúdo que escolherem, principalmente aqueles mais requisitados pelos professores universitários. O professor, por sua vez, entrará nesse centro e escolherá os capítulos dos livros que utilizará em sala de aula. A segurança da tecnologia é uma das maiores preocupações das companhias.
“Esse conteúdo será vendido por parceiros, que poderão ser as próprias empresas de fotocópias, instituições de ensino e livrarias. Os parceiros terão um computador padrão e uma impressora digital acoplada à máquina. Cada arquivo poderá ser impresso apenas uma vez. A comissão ainda está decidindo pelo fabricante do computador e da impressora.”

Comentário: não consigo ver como esse tipo de medida vai solucionar o problema, a menos que a “cópia legal”, ou seja baixada e impressa através de um representante credenciado, tenha o mesmo custo que uma fotocópia. Se assim não for, o que impede que a primeira “cópia legal” sirva de matriz para recomeçar a prática da fotocopiagem? Além disso, há todo um problema de “credencimento” de uma rede de representantes, suficientemente ampla para cobrir os centros universitários e faculdades públicos e privados (milhares!) em todo o país. Dificilmente vai ser por aí…

marcos palacios