Vale a pena ler a matéria de Alexandre Mansur, na Época online, sobre a auto-pirataria como forma de divulgação de bandas e grupos musicais brasileiros.
Aí vai um trecho:
“Qualquer pessoa que mora na Região Norte do país já recebeu um convite para um show de tecno-brega ou calipso. O gênero foi popularizado pela Banda Calypso. O brega faz multidões suar em festas nas grandes cidades da Amazônia. Também sustenta uma indústria local que lança 400 CDs por ano. Eles são gravados em pequenos estúdios e replicados pela própria rede informal dos camelôs. Custam menos de R$ 3. Geralmente, não têm copyright. “Eles servem apenas para divulgar as centenas de bandas que surgem todo ano”, afirma a advogada Carolina Rossini, da FGV. “Os artistas ganham dinheiro mesmo nas festas pagas.”

Na saída dessas festas, é comum a venda de CDs gravados ao vivo ali mesmo. “É a chance de levar para casa uma lembrança daquele evento. Para personalizar cada gravação, durante a apresentação os artistas falam várias vezes o nome do bairro ou cidade onde estão”, diz Carolina. Uma das revelações do cenário paraense é a banda Amor Perfeito, da dupla Flávia Anjos e Patrícia Lia. O CD de estréia, lançado de forma independente, vendeu 50 mil cópias oficiais em um ano. Fora as ilegais. “Não sou a favor da pirataria. Mas, pensando pragmaticamente, a distribuição até ajudou a divulgar a banda”, diz o empresário Marcos Klautau. O grupo faz dois shows por semana. Em alguns, reúne 15 mil espectadores e fatura até R$ 40 mil.
Um sistema semelhante sustenta a a indústria do funk carioca”.

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marcos palacios