“Ao contrário dos anos anteriores, quando a expansão era alimentada pelos consumidores das classes A e B, desta vez é o usuário de classe C o principal responsável pelo forte crescimento das lojas virtuais. Nos seis primeiros meses do ano, o comércio eletrônico atraiu um milhão de novos clientes e movimentou R$ 1,7 bilhão em vendas, 80% a mais que no mesmo período de 2005. “Temos hoje uma nova configuração nas compras online”, diz Pedro Guasti, diretor-geral do e-bit. “Boa parte dos novos consumidores tem menos renda e menos escolaridade”.

O fenômeno tem uma explicação. Os sites estão sentindo agora os efeitos da popularização do computador iniciada em 2005, quando os preços despencaram e os financiamentos aumentaram. O preço de uma máquina hoje beira R$ 1 mil.

A explosão de consumo mexeu com o mundo virtual. As lojas online, que nasceram com o perfil mais elitista, estão promovendo reformas importantes nos seus modelos de negócios, que vão desde a oferta de produtos para todos os bolsos até mais opções de pagamento e financiamentos. A melhor prova desse mudança de perfil foi a estréia recente de Marabraz e Lojas Pernambucanas, duas redes assumidamente populares.”

Texto de Patricia Cançado no Estadão

marcos palacios