A possível diminuição do tráfego proveniente de motores de busca – como Google, Bing e Yahoo – tem preocupado gestores de meios jornalísticos. É o que mostra o relatório anual Journalism, media, and technology trends and predictions, publicado pelo Instituto Reuters no começo de 2025.
O relatório consultou 326 líderes de veículos tradicionais ou nativo-digitais. Deles, 74% temem que menos pessoas acessem seus websites via buscadores, pois as big techs agora apresentam resumos gerados por inteligência artificial, e isso pode ‘esconder’ ainda mais os links das notícias.
Por enquanto, ferramentas como o AI Overview, da Google, que fornece respostas em tempo real a perguntas concretas, não costumam gerar resultados quando se trata de alguma notícia relevante. No entanto, os gestores consultados acreditam que o panorama deve mudar em breve.
A experiência com plataformas de mídias sociais
Essa nova preocupação se soma a uma realidade já vivida há alguns anos pelo jornalismo: a queda acentuada do tráfego oriundo de plataformas de mídias sociais. Segundo dados do Chartbeat, coletados para o relatório do Instituto Reuters, em dois anos, o tráfego do Facebook para websites de notícias caiu 67%, o tráfego do X caiu 50% e o do Instagram, 27%.
São dados que levantam questões existenciais aos jornalistas e aos meios de comunicação: se os públicos podem acessar gratuitamente resumos dos melhores conteúdos, por que se preocuparão em clicar para ir aos sites jornalístico? O dinheiro eventualmente oferecido pelas plataformas compensará a perda de tráfego?
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