Uma reportagem no Publico de hoje, sobre como revigorar as estâncias de águas termais em Portugal, ilustra o que me parece um dos obstáculos mais graves ao empreendedorismo em Portugal: aferrar-se ao que existe e não pensar que as coisas podem ser d´outra maneira…
Vejam a nota acima, que é parte da reportagem do Publico a que me refiro… Até a figura usada assusta quem pensava em ir às termas! E chega a criar uma dupla acepção para expressão “espírito do lugar” usada pelo redator…
Estivemos, minha mulher Annamaria, meu filho David e eu em algumas estâncias termais de Portugal, no ano passado, para descobrir, para nossa imensa decepção, que eram hospitais! Ups, vámo-nos daqui, vámo-nos daqui!
Será que não ocorre a ninguém encarregado desse setor que termas podem ser (e talvez acima de tudo) Lazer? E naturalmente MANTENDO e não RETIRANDO as tinas de Mármore, porque jacuzzis temos de sobra em toda a parte!
No Brasil praticamente todas as estâncias termais deixaram de ser “hospitais” – um conceito do século XIX, quando as praias eram também consideradas locais “terapêuticos”- para serem “espaços de lazer”. É claro que há quem vá para “se tratar” em estâncias termais, mas não é esse o valor principal usado para vender a imagem desses locais e os pacotes de viagem…
Reproduzo abaixo, para comparação, um exemplo de como a mesma coisa é vendida no Brasil.
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