David Carr e Brian Stelter, jornalistas da seção de Tecnologia do New York Times, fazem um balanço do uso de meios convencionais e “novos” na campanha presidencial norte-americana.
Convergência e complementaridade, especialmente complementaridade, são as duas idéias-chave que perpassam todo o artigo da dupla.
Eles lembram que algumas ferramentas fundamentais utilizadas este ano nas campanhas de McCain e Obama, como o YouTube e Huffington Post, ainda não existiam nas eleições de 2004 e outras, como Facebook, ainda engatinhavam. Por outro lado, a mídia tradicional (jornais e cadeias de TV) aprenderam a fazer um melhor uso de suas potencialidade online, usando seus edições virtuais inclusive para “furar” seus veículos tradicionais, quando foi necessário.
Com uma população crescentemente conectada – grande parte em tempo integral – nos Estados Unidos, a mídia tradicional teve que adaptar-se à nova realidade. Andrew Heyward, ex-presidente da CBS new e consultor do Grupo Monitor, sumariza a situação dizendo:”Eu penso que estamos vendo uma crescente sofisticação no que diz respeito aos suportes trabalhando juntos com eficácia”.
Outro ponto enfocado no artigo diz respeito ao gatekeeping durante a cobertura eleitoral. Para Allan Louden, professor da Wake Forest University, “O papel de gatekeepers e arquivistas se dispersou para todos que têm acesso à Internet”.
Ao final, Carr e Stelter arriscam uma previsão:
“Talvez a única previsão a a ser feita com alguma confiabilidade, seja que usuários que hoje assistem a notícias da televisão a cabo em uma tela – que mais parece um desktop, com uma série de notícias correndo por pequenas janelas e rodapés – e ao mesmo tempo que fazem o download de um vídeo em um computador ao lado, provavelmente estarão logo usando apenas uma tela que poderá fazer todas essas coisas”.
marcos palacios
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