O Globo iniciou hoje uma nova estratégia de produção e distribuição de conteúdo jornalístico. O Jornal O Globo e Globo Online passam a ser representados por uma única marca: O Globo. A produção passa a ser integrada com distribuição por multiplataformas dentro do processo de convergência. Uma campanha publicitária (ver vídeo acima), denominada “Muito além do papel de um jornal“, já começou a divulgar a estratégia do grupo baseado na idéia de ” Nosso negócio é informação, multiplataforma, multimarca e multigeografia”.
O processo de convergência faz parte desta decisão com a multiplicação de plataformas como celular e uma participação mais ativa dos consumidores que navegam em busca de informação por jornais impressos, internet e celular. Matéria publicada hoje pelo O Globo apresenta a motivação para a mudança, como a incorporação de forma mais ativa do jornalismo digital e o crescimento de leitores de jornais em mercados emergentes, ao contrário da queda que ocorre nos Estados Unidos. Adiciona-se o uso do celular como plataforma cada vez mais crescente de consumo de informação.
Atualmente um grupo de pesquisadores brasileiros e espanhóis, através de convênio internacional coordenado pelo GJOL na parte do Brasil, empreende uma ampla pesquisa sobre a convergência de meios em empresas de comunicação dos dois países.
Fernando Firmino
21/09/2008 at 15:52
Fantástico!
Obrigada Firmino.
A convergência pensada por suas mídias, portanto, seus códigos semiológicos. Acho que essa é a discussão atual para o discurso jornalístico.
Lia
22/09/2008 at 13:40
Parece que a Santaella estava certa: mídia clássica convive, e no universo da mídia digital esta sobrevive.
Um buraco negro interessante. Que universo será construído do outro lado da Matrix, isso nos interessa!
Fiquemos de olho, pois nesse “buraco” entra também a identidade do jornalista!
~’~’
@_@ ♫
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willweb>wapaw>Israfel
22/09/2008 at 15:49
Achei bacana, mas entendo que eles focaram muito na distribuição, que é uma parte importante, mas existem outras áreas importantes pra desenvolver em um reposicionamento como esse.
No estudo ‘Newspaper Next 2.0’ da American Press Institute que discute o futuro dos jornais, diz que: “we have always been companies whose mission and business model was meeting the human needs for information, knowledge, solutions, social connection, choice-making, buying and selling that arise in a given locale.”.
Penso que os jornais deveriam explorar mais seu conhecimento sobre os locais, de diferentes formas. O Globo tem o bairros.com, que cria comunidade e permite uma participação maior dos usuários focado em localidades específicas… acho essa iniciativa sensacional. Mas poderiam ir além, oferecendo serviços que aliam a expertise local com a comunidade. Por exemplo, um mapa interativo com reviews dos restaurantes e bares do bairro, permitindo comentários, avaliações, etc… veja por exemplo essa mapa com a localização de restaurantes vegetarianos em SP: http://avi.alkalay.net/2007/09/sao-paulo-vegetariano.html . Se um jornal fizesse algo assim, aliando a credibilidade de seu conteúdo com o conhecimento e participaçao da comunidade.. logo se tornaria referencia.