O jornalista Saul Hansell, no New York Times, denuncia o que para ele parece ser uma censurável quebra de confidencialidade: o Google estaria usando palavras-chave das buscas de seus usuários para inserir anúncios relacionados com os tópicos buscados (targeting). Isso, enfatiza Hansell, a despeito de que a companhia tenha declarado, “em ocasiões anteriores”, que não usava esse tipo de informação para fazer inferências sobre seus usuários com o propósito de selecionar anúncios para mostrar a eles.
Uau! Que novidade! O Google está quebrando nossa privacidade! Usando dados recolhidos de nossos hábitos de busca para direcionar publicidade! Nos Estados Unidos, o fato foi denunciado por Gene Munster, um analista de seguros, e parcialmente confirmado pelo Google, que não deu detalhes da “operação”.
O que surpreende para um brasileiro lendo a notícia é, naturalmente, o fato de que esse “targeting” de anúncios já é coisa muito velha por aqui, como todos estamos carecas de saber. Na ilustração acima, uma busca usando “curso de inglês” como palavra-chave, bvemos a inundação de publicidade direcionada gerada: em amarelo nos primeiros postos dos resultados e em toda a coluna da direita.
Possivelmente o algorítmo esteja sendo testado aqui e em outros países “liberais” que não se importam com frioleiras como “invasão de privacidade”, “declarações de que os dados dos usuários estão seguros”, “respeito e não utilização comercial de dados recolhidos” e outras coisinhas bobas como essas.
Bem, se usam nossos países como “campo de teste” para novas drogas e “pesquisas médicas”, que dirá de inocentes técnicas publicitárias…
Benvindo, Saul Hansell, ao mundo do desrespeito à regras e do vale-tudo…
marcos palacios
28/06/2008 at 15:12
Isso é bobagem desse sujeito. Ele reclama que o google “lê” o que ele busca para inserir propagandas e esquece que o webmail que ele usa arquiva todas as mensagens dele num banco de dados ao qual os técnicos que administram o sistema tem acesso sem maiores dificuldades.