Repercute na blogosfera a afirmação do prof. Antonio Natalino Dantas, coordenador do curso de Medicina da Universidade Federal da Bahia, de que a nota 2 atribuída ao curso nos exames no Enade seria explicada pelo “baixo QI dos baianos”. Segundo ele, “o baiano toca berimbau porque só tem uma corda, se tivesse mais, não conseguiria”. Para o Prof. Natalino, o sistema de cotas – que facilita o ingresso à universidade de estudantes oriundos das escolas públicas e de grupos raciais específicos – pode também ter influído nos resultados.
Mais tarde, tentando emendar suas declarações iniciais, o Prof. Natalino piorou ainda mais as coisas ao dizer que talvez fosse uma questão do “ambiente cultural local” que favorece mais a música que a medicina, porém acrescentou que não considera música os “ritmos de percussão”.
O Reitor da UFBA, Prof. Naomar Almeida, já pediu providências para o afastamento do coordenador. O Ministério Público vai investigar e pode abrir processo contra o professor por discriminação racial e de localidade.

marcos palacios