O golpe da “Carta Nigeriana” chegou ao Skype.
Acabo de receber uma mensagem via Skype, pedindo para habilitar o contato de Naushad Assiff Kermalli. A história é a de sempre, com variações adequadas ao Skype. Neste caso, Mr. Kermalli é um banqueiro nos Emirados Árabes, que está procurando no Brasil alguém com sobrenome “Palacios”, para ajudá-lo a retirar a modesta quantia de 18 milhões de dólares e alguns quebrados, que o falecido Peter Palacios (certamente deve ser meu primo inglês!!!) deixou depositado em seu banco, sem possibilidade de movimentação porque não há herdeiros. A proposta é que eu ajude na retirada, usando meu sobrenome, para dividirmos a bolada: 50% para mim e 50% para ele.
Na mensagem que recebi pelo Skype veio a foto e até o e-mail ( kermalishad@gmail.com) do suposto banqueiro árabe.
O golpe, que existe em forma de carta postal pelo menos desde o final dos anos 80, consiste em conseguir que otários contatados façam depósitos de quantias variáveis para “liberar” a suposta dinheirama esquecida na conta bancária. Chama-se “Carta Nigeriana” porque, inicialmente, as mensagens mencionavam dinhero depositado na Nigéria, produto de transações ilícitas de um político africano, ou de um magnata nigeriano desaparecido.
Parece incrível que alguém caia nesse “conto do vigário”, mas trata-se de uma das maiores fontes de reclamações contra fraudes na Internet nos Estados Undos e Japão.
Marinilda Carvalho, no Observatório da Imprensa, fez um levantamento completo da história do golpe, quando ele começou a se generalizar por e-mail, em 2002.
marcos palacios
(Aguardem convite para passeio em meu iate no mês que vem…)