Em novembro do ano passado comentamos a sistemática da SIC, televisão portuguesa, de apresentar “reprises” de telejornais, horas depois da edição original e sem qualquer atualização. O fato foi considerado “normalíssimo”, em resposta da própria SIC.
Agora a TV portuguesa ataca de novo com uma aula de anti-jornalismo. Na edição de ontem do seu Jornal da Noite (levado ao ar no Brasil pela Sic Internacional às 20 h.) foi veiculada uma longa (para padrões televisivos) entrevista com um “primo em segundo-grau” do cidadão português David Barreto Alcedo, de 37 anos, sequestrado na Venezuela e ainda desaparecido.
O sequestro ocorreu quando o grupo regressava de um passeio, durante o fim-de-semana, à barragem de Uribante-Caparo, no Estado de Táchira, a sudoeste de Caracas.
O “primo” do sequestrado falou, falou e nada disse, tendo o jornalista da SIC concluído a “entrevista” com o seguinte comentário: “Realmente, são poucas as informações…”
Ou seja, o entrevistado declarou que nada tinha a declarar, além de que o cidadão continuava desaparecido e que as crianças haviam sido encontradas, o que obviamente todos já sabiam.
O repórter não sabia disso de antemão? Não perguntou que informações a “fonte” teria a fornecer? Por que pautou a entrevista com o “primo”?
Pena que não pude gravar para mostrar em sala de aula…
Agora a TV portuguesa ataca de novo com uma aula de anti-jornalismo. Na edição de ontem do seu Jornal da Noite (levado ao ar no Brasil pela Sic Internacional às 20 h.) foi veiculada uma longa (para padrões televisivos) entrevista com um “primo em segundo-grau” do cidadão português David Barreto Alcedo, de 37 anos, sequestrado na Venezuela e ainda desaparecido.
O sequestro ocorreu quando o grupo regressava de um passeio, durante o fim-de-semana, à barragem de Uribante-Caparo, no Estado de Táchira, a sudoeste de Caracas.
O “primo” do sequestrado falou, falou e nada disse, tendo o jornalista da SIC concluído a “entrevista” com o seguinte comentário: “Realmente, são poucas as informações…”
Ou seja, o entrevistado declarou que nada tinha a declarar, além de que o cidadão continuava desaparecido e que as crianças haviam sido encontradas, o que obviamente todos já sabiam.
O repórter não sabia disso de antemão? Não perguntou que informações a “fonte” teria a fornecer? Por que pautou a entrevista com o “primo”?
Pena que não pude gravar para mostrar em sala de aula…
marcos palacios
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