Tese: “A interatividade chegou para ficar. Em espaços jornalísticos, a interatividade tem o público como “co-agente” do processo informativo. Logo, o público também faz jornalismo (e, por vezes, é tratado como jornalista)”.

Comentário: “Apesar do marketing de empresas que disseminam essa suposta prática, ancoradas em conceitos embutidos em teorias como “jornalismo cidadão”, “jornalismo participativo” ou “jornalismo colaborativo”, os leitores que enviam as informações continuam sendo o que sempre foram: fontes jornalísticas. A interatividade nada mais faz do que expor a fonte em proporção ainda maior do que no “jornalismo convencional”. A fonte e o conteúdo transmitido ganham “status”, dado o destaque que se dá a esse mecanismo: links, chamadas e outros artifícios que conferem ao público um “estado especial” – que é atraente como produto de marketing, mas não se sustenta jornalisticamente. Trata-se de uma condição que leva à confusão”.
A Tese e o Comentário são parte de considerações que o jornalista José Paulo Lanyi faz em seu polêmico artigo recém-publicado no Observatório da Imprensa, argumentando que não há como considerar o público como “co-agente” no processo informativo. Público será sempre o que sempre foi: “fonte jornalística”.
Leiam!
marcos palacios