Tese: “A interatividade chegou para ficar. Em espaços jornalísticos, a interatividade tem o público como “co-agente” do processo informativo. Logo, o público também faz jornalismo (e, por vezes, é tratado como jornalista)”.
Comentário: “Apesar do marketing de empresas que disseminam essa suposta prática, ancoradas em conceitos embutidos em teorias como “jornalismo cidadão”, “jornalismo participativo” ou “jornalismo colaborativo”, os leitores que enviam as informações continuam sendo o que sempre foram: fontes jornalísticas. A interatividade nada mais faz do que expor a fonte em proporção ainda maior do que no “jornalismo convencional”. A fonte e o conteúdo transmitido ganham “status”, dado o destaque que se dá a esse mecanismo: links, chamadas e outros artifícios que conferem ao público um “estado especial” – que é atraente como produto de marketing, mas não se sustenta jornalisticamente. Trata-se de uma condição que leva à confusão”.
A Tese e o Comentário são parte de considerações que o jornalista José Paulo Lanyi faz em seu polêmico artigo recém-publicado no Observatório da Imprensa, argumentando que não há como considerar o público como “co-agente” no processo informativo. Público será sempre o que sempre foi: “fonte jornalística”.
Leiam!
Leiam!
marcos palacios
02/08/2007 at 02:59
Marcos, te recomendo um artigo interessante do Rodrigo Savazoni, amigo e colega de redação na Agência Brasil. Se tiver um tempo, dê um pulo no blog. abraço
02/08/2007 at 03:17
hum… é mais complexo do que isso, né? nem sempre é apenas “fonte jornalística”, depende da estrutura que se esteja disponibilizando e do tipo de colaboração que se esteja permitindo ou proporcionando.
é algo em que estamos avançando. minha grande questão, nesta discussão, desde o início foi a preocupação com a credibilidade da informação (a veracidade, vide o caso da foto publicada no UOL no acidente da TAM) e com os interesses das fontes. de qualquer modo, é terreno delicado em que é preciso avançar.
mas estou dando uma de “joão sem braço”, comentando apressadamente, sem ter lido o artigo. vou lá ler. 🙂
05/09/2007 at 12:09
Procuro alguém que me faça uma tese de mestrado sobre jornalismo desportivo ( vivo em Portugal ) pago bem
06/09/2007 at 10:57
Meu primeiro impulso quanto ao comentário acima, no qual um “anônimo” procura quem lhe escreva uma tese de mestrado e “paga bem”, foi, evidentemente, apagá-lo, usando meus privilégios de editor.
Depois, pensando melhor resolvi deixá-lo aí: as nojeiras algumas vezes são melhor combatidas pela exposição de que por sua varredura para deixo do tapete.
marcos palacios