A Câmara dos Lordes, a mais alta instância legal britânica, rejeitou o pedido de recurso interposto pelo Mersey Care Hospital Trust no caso que o opõe, desde 2002, ao jornalista freelance Robin Ackroyd com o objetivo de o obrigar a revelar as suas fontes, numa história que escreveu sobre o tratamento médico prestado a Ian Brady, notório assassino envolvido numa série de homicídios que ficaram conhecidos como “os crimes Moors”.
A Federação Internacional de Jornalistas (FIJ) saudou a decisão, que põe fim a uma das mais longas batalhas legais para a proteção das fontes no Reino Unido, considerando-a uma importante vitória para o jornalismo de investigação.
“Esta decisão encerra um lamentável capítulo em que as autoridades despenderam elevadas verbas públicas para forçar um jornalista corajoso a entregar as suas fontes de informação”, disse Jim Boumelheo presidente da FIJ. “Falharam graças à determinação de um repórter empenhado em proteger um princípio fundamental que é reconhecido por todos os jornalistas do mundo. Todos nós ficamos com uma imensa dívida de gratidão para com ele”.
Via Jornalistas online de Portugal
marcos palacios
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