Esta semana marcou a implementação defintiva da política do The Guardian de oferecer notícias 24 horas por dia, sete dias por semana (24/7), com base em princípios anunciados por Alan Rusbridger, seu editor geral.
Vale a pena conhecer na íntegra os pontos elencados pelo documento e notar que, apesar da clara opção pela Internet como suporte direcionador do fluxo de produção jornalística, o princípio 13 ainda mantém a velha idéia de que os editores das diversas seções podem decidir “segurar material” para publicação na edição impressa.
Bem, nem tudo pode ser perfeito.
Aí estão os 20 princípios.
1. The Guardian está crescentemente tornando-se um provedor global de notícias, com uma audiência e uma reputação internacionais;
2. Usuários da Web esperam ler as notícias no momento em que acontecem
3. Se não atualizarmos nosso site continuamente, os leitores irão para outra parte;
4.Nosso website é crucial para nossa estratégia digital e para o futuro do The Guardian & Observer;
5.O propósito internacional e alcance do The Guardian & Oberserver não podem ser atingidos com a programação de publicação vigente;
6. O jornalismo do The Guardian & Observer deve ser preciso, fidedigno e confiável;
7. Em qualquer circunstância em que a velocidade possa comprometer a confiabilidade, deve-se optar pela confiabilidade;
8. Continuamos a colocar um valor extremamente alto na profundidade, complexidade e na idéia de um jornalismo que não pode ser precipitado;
9. Reconhecemos que a maior parte de nosso melhor jornalismo requer tempo, paciência e pesquisa diligente;
10. 24/7 significa que passaremos a publicar material 24 horas por dia, sete dias por semana e não mais, como agora, 16 horas por cinco dias;
11. Isso significa publicar mais de nossas notícias, de acordo com as demandas da Web, ao invés das demandas e ritmos de um jornal impresso;
12. De maneira geral, material que foi redigido e editorado pode ser postado na Web tão logo se torne disponível;
13. Exceções podem ser feitas para histórias que os editores decidam preservar para a edição impressa;
14. Continuaremos a usar serviços de agências para as notícias de última hora, mas buscaremos fazer uso pleno de nossas capacidades editoriais e agregar valor “The Guardin/Observer”;
15. Isso significa criar contextualização, análise e opinião – e, algumas vezes, cor (colour);
16. O ponto acima se aplica principalmente na área de notícias (nacionais, internacionais, cidade, esporte);
17. Aplica-se também a comentários e, por exemplo, crítica de arte;
18. Haverá áreas não-noticiosas que gostaríamos de estender e explorar ao longo dos sete dias;
19. Nossos processos de produção devem refletir as necessidades da web (por exemplo, o uso de manchetes adaptadas à web (web-friendly headlines), além de manchetes jornalísticas, links, tags, palavras-chaves etc);
20. Todos os jornalistas do The Guardian & Observer deverão trabalhar de acordo com estes princípios.
Alan Rusbridger
Editor, The Guardian
marcos palacios
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