Como cita o professor Carlos Scolari, a idéia da web 2.0 vive um propalado esgotamento. Sua “evolução”, a web 3.0 ou web semântica, é outro tema que também já foi muito debatido e que ganhou grande destaque na blogosfera. Para quem tem interesse, o assunto foi abordado na última edição do Enter, que recorre a um documento de Salvador Pérez Crespo, da Telefônica, sobre Como será a web 3.0 (PDF).
De forma rápida, Crespo diz que a web semântica consiste em dotar de significado as páginas web. Para isso, ele cita um exemplo prático: “Web semántica sería aquella que permitiría que se formularan consultas como ‘busco un lugar para pasar las vacaciones con mi mujer y mis dos hijos de 5 y 2 años, que sea cálido y con un presupuesto máximo de 2000 euros’, y el sistema devolvería un paquete de vacaciones tan detallado como el de una agencia de viajes. Todo esto, de forma rápida, sin tener que pasar horas y horas buscando por la red, gracias a la ayuda de la inteligencia artificial”.
O autor faz um comparativo entre as duas: se a principal mudança introduzida pela web 2.0 é a participação do usuário na criação de conteúdos, na web 3.0 “lo novedoso podría estar en la combinación de las técnicas de inteligencia artificial con el acceso a capacidad humana de realizar tareas extremadamente complejas para un ordenador y de esa forma rellenar los huecos que impiden progresar esta disciplina. Vamos, que hasta que los ordenadores consigan ‘ser inteligentes’ (por decirlo de alguna forma), no nos queda más remedio que ayudarles. ¿Cómo? Pues, por ejemplo, como ya hacemos con el uso de etiquetas (al que, por cierto, debería sumarme), que ayuda a que los buscadores localicen la información. En conclusión, que la Web 3.0 sigue necesitando (afortunadamente) nuestra colaboración”.
Mais artigos sobre web 3.0:
Se acerca la Web 3.0, Webtaller
Web 3.0, la próxima generación de Internet, La Vanguardia
La concepción de una Internet más inteligente, El País
Web 3.0, A list apart
Via Blog-o-corp
Alberto Marques
30/03/2007 at 11:21
Boas referências, Alberto.
A revista Technology Review publicou um artigo chamado A Smarter Web, que faz um resgate histórico desta nova (e já controversa) versão da web. Linkei lá no blog, vale a leitura.
21/05/2007 at 15:53
Basicamente, segundo o que eu vi e li; a Web 3.0, é uma plataforma que separa ainda mais os dados da representação, para permitir de que estes sejam visualizados e combinados de forma, até hoje nunca vista. Por exemplo, recorrendo a artigos de índole livre, podiamos ter um site de que baseado numa série de palavras chave, produzi-se um outro artigo ou até mesmo tutorial sobre um determinado tema, através de múltiplas fontes, ou de termos algo de que pudesse usar a Web, mas sem precisar do HTML e de um browser. Porque se repararem, hoje em dia o príncipal problema não é a falta de informação, mas sim o excesso dela, e aí sim, a falta de ferramentas de procura adequadas a isso, até mesmo o Google, tem falhas nesse aspecto, por não ser capaz de adequar os resultados e a própria pesquisa em si, para algo que interesse ao utilizador, por exemplo, a populariedade, a vericidade cientifica, sendo isto apenas o começo…
Como uma ideia, mais radical, temos a ideia de transformar a Web numa enorme base de dados, aonde todos podiam aceder, através de um leitor próprio e fazer consultas baseadas em algoritmos de inteligência artificial, entre outras tecnologias… (Mas isto, são para os gajos que têm um ataque se não vão á net, de hora a hora…)
Mesmo assim, a ideia de poder usar algo vindo da inteligência artificial para melhorar a pesquisa na Web ficou e é uma das ideias chave da Web 3.0, a outra é o facto de haver outros programas, sem ser o browser web tal como o conhecemos, mas algo como uma interface de um MMORPG, que usasse a estrutura do HTTP normal, e do XML, para comunicar entre si. Ou até mesmo, coisas para o qual o HTTP, nunca teria sido pensado, como uma aplicação de gestão de tempo, que usasse o HTTP, para armazenar ou até mesmo verificar o melhor horário para reuniões de uma empresa, com a agenda dos outros participantes, tudo isto a partir de um PDA, ou algo portátil.
Estas ideias são apenas algumas do que pode ser feito, até mesmo os blogs e wikis (Web 2.0), se podem adaptar à nova web.
Concluíndo, a Web 3.0 tem duas coisas chaves, a separação profunda entre os dados e a representação, e o uso de melhores métodos de procura.