“Um olhar sobre o processo do fazer jornalístico revela que, em inúmeras ocasiões, o recurso à memória na produção dos conteúdos jornalísticos é evidente. O acionamento da memória é condição de produção em peças jornalísticas de caráter comemorativo (aniversários de eventos ou pessoas) e naqueles em que o fato presente está sinalizando um fim de trajetória, como nos obituários, por exemplo. É este, sempre, o caso em peças jornalísticas que marcam o fim de processos que se estenderam e foram (jornalisticamente) acompanhados ao longo de uma dada temporalidade, sejam tais processos a vida e a morte de um Homem de Qualidade (Cf. Musil, 1989) – Presidente, Papa ou Monstro – seja a discussão e aprovação de um novo projeto de lei em uma casa legislativa”.
Lugares de Memória por excelência, os Obituários de alguns jornais são paradigmáticos e podem ser considerados “clássicos no gênero”. É o caso dos espaços desse tipo no Times inglês e no New York Times norte-americano.
Para conferir, veja o que está nos Obituários dos dois jornais sobre Claude Lévy Strauss.
E, em português, veja como saíram o Estadão e a Folha Online em igual tarefa.

marcos palacios