Do blog AF de AutoFoco.

Olhar uma história inusitada, de um ponto de vista incomum, é um velho recurso do jornalismo que geralmente dá resultados interessantes.

Há 40 anos, David Burnett, hoje com renome, tinha 22 anos e era um jovem fotógrafo free-lancer da Time. Teve a idéia de fazer uma cobertura do lançamento do Apollo 11, de um ângulo e com abordagem diferente.

A proposta era simples: registrar a atmosfera do fato. Um “lado B”, já que provavelmente toda a a imprensa estava fotografando exatamente a mesma coisa: o lançamento do foguete. Quem, então, estaria olhando para as pessoas no entorno, o que elas faziam nas horas de expectativa? O que esse material poderia render?

40 anos depois, rever essas fotos é uma deliciosa viagem no tempo. Burnett tinha razão. Hoje, as imagens são um contraponto a tudo o que foi fotografado e agendado sobre o homem na lua. Vale pelo colorido dos anos 1960, pela atmosfera, pelo lado pop da coisa e por que hoje é domingo.

O ensaio está no lens. O blog de fotojornalismo do New York Times.

Post enviado por: José Afonso Jr.