O Twitter está na moda! Seja na blogosfera ou na twittesfera, o assunto é bastante debatido. Em 2007, quando criei minha conta no Twitter, já visualizava a potencialidade da ferramenta para publicação de informação. No início, em 2007, minhas atualizações eram esparsas e não volumosas. Os motivos foram vários. Muito trabalho, pouca informação. Há um tempo, voltei a postar com mais freqüência e ler mais sobre a ferramenta.

A primeira surpresa foi ver a quantidade e a velocidade com que as informações circularam na rede. Como exemplo, posso citar a publicação do State of News Media 2009. Um dia antes já eu estava sabendo da publicação e no decorrer do dia do lançamento, na segunda-feira (16), diversas postagens, instantaneamente, foram acontecendo. Fazendo uma comparação com os blogs e a publicação do ano anterior, período em que usava pouco o Twitter, lembro que o ritmo era outro. Poucos blogs estavam falando sobre o assunto no início da manhã e no decorrer do dia o ritmo se manteve.

O resultado do modismo é refletido em novos usuários. Com isso, a quantidade de postagens, sobre variados assuntos, multiplica-se. Isso tende a inviabilizar o acompanhamento dos debates e das informações publicadas. Como filtrar todo o ruído produzido? A resposta pode residir em duas vertentes: uma da ferramenta, que deve buscar soluções, como o novo Twit•ter Search. A outra é utilizada, voluntária e involuntariamente, pelos próprios usuários.

Sobre essas últimas, cito a liderança e visibilidade dos twitters. Percebo que as estratégias para alcançar e reconhecer os líderes são parecidas com as da blogosfera. Número, qualidade e freqüência de postagens, reputação prévia, quantidade de seguidores, conversação, citação (RT), são algumas “rotinas” que influenciam na autoridade e dão visibilidade ao usuário. As tags (palavras com o símbolo #) também começam a ser usadas com mais freqüência e são uma alternativa de filtragem.

Como conseqüência de seguir essas rotinas, diariamente, em média, cinco pessoas me adicionam. Posso fazer referência também, como exemplo, a um dia em que fui citado pela pesquisadora Raquel Recuero. Oito pessoas me adicionaram no mesmo momento.

Relembrando o início dos blogs, quando eram utilizados em sua grande maioria como diários íntimos, o Twitter começa a perder sua característica inicial de “o que você está fazendo?” (What are you doing?), para se tornar um grande expansor (filtro?) da informação. Talvez, por isso, seja chamado de microblog.

Alberto Marques