O El País anunciou, por meio do seu conselheiro delegado Juan Luis Cebrián, que o jornal passará pelo que denomina como “a maior mudança cultural” da sua história. E, neste processo de “refundação” do periódico espanhol, a integração das redações do impresso e do on-line (lembrando que parte desta equipe ficava no prédio da Prisacom, responsável pelas operações digitais do Grupo Prisa, proprietário do jornal), será uma das medidas orientadas a modernizar a estrutura de produção. Esta integração, no entanto, vai além da esfera jornalística, pois significará também a fusão de operações econômicas através da criação de uma empresa de conteúdos sob a marca El País.
Como parte da estratégia de refundação, serão criadas outras duas empresas: uma que prestará serviços administrativos, de sistemas, recursos humanos e distribuição, entre outros, para a editora de El País; e outra que aglutinará a área de produção. As três empresas terão como endereço a sede atual do jornal, mas ficarão em edifícios diferentes. Esta reestructuração tem o dia 1º de março fixado como data de estréia.

Conforme explicou Cebrián, a mudança é a única forma viável para que o jornal siga existindo dentro de 10 anos.

– La tasa de mortalidad de los periódicos es altísima. La fiesta ha terminado para todos y habrá que ser consecuentes. La crisis es coyuntural pero también hay que afrontar cambios estructurales en la prensa y un periódico con la influencia de EL PAÍS debe tener capacidad de reflexión y no permanecer impasible porque está en juego el derecho a la información de los lectores”.

Suzana Barbosa