Mark Potts, um dos co-fundadores da agora defunta rede cidadã hiperlocal Backfence, fala das lições aprendidas com a experiência e seu fracasso.
Ele lista vários elementos que podem levar ao sucesso ou ao fracasso, mas certamente a mais polêmica das afirmações diz respeito ao papel de jornalistas em sites comunitários desse tipo.
Potts afirma que um site de informação comunitária deve ser, acima de tudo, uma “conversação” e que a presença de jornalistas profissionais, além de aumentar os custos, pode ser um fator inibidor de tal conversação:
“Proponentes de alguns models de mídia cidadã argumentam que jornalistas são essenciais para sites hiper-locais, como líderes de idéias e exemplos de produção profissional de notícias. Mas isso adiciona custos consideráveis e, em nossas conversas com membros da comunidade, aprendemos que a intrusão de um jornalista “sabe-tudo” tende a enrijecer e não a incrementar a conversação na comunidade, produzindo agendas de cima para baixo e sufocando a comunidade com informação. Deixe que a comunidade decida o que é importante e escolha seus próprios líderes”.
É ou não é polêmico?
Via Midiashift
marcos palacios
21/07/2007 at 14:19
Bom, jornalista “sabe-tudo” não é bem-vindo em nenhuma iniciativa de jornalismo colaborativo. Mr. Oh Yeon Ho, criador do OhmyNews, já diz:
“By boldly proclaiming ‘Every citizen is a reporter’ a certain humility come with it as well. This is neessary becaus although I was a reporter with a non-mainstream media company like Mal, just because I was a reporter, I always felt the danger of slipping into arrogance and entitlement.”
Outra saída me parece ainda mais óbvia: o jornalista que se envolver num noticiário hiperlocal deve, no mínimo, também fazer parte daquela comunidade. Assim, o estranhamento tende a se reduzir.
Abraço!