Faz uma semana postei um link para um estudo realizado por uma equipe de estatísticos, dirigida pelo físico Albert-László Barabási, que concluia que “as notícias online tinham uma duração máxima de 36 horas”. Hoje, no Scene Digitale, Vittorio Zambardino faz um ótimo comentário ao estudo, com o significativo título O Peixe de Barabási, que não fede nunca , numa referência ao conhecido adágio “O jornal de ontem só serve para embrulhar peixe” e suas variantes nos diversos idiomas. Em primeiro lugar, o que significa “durar”, pergunta ele? Se uma notícia continua tendo interesse, enquanto notícia, por 36 horas, dura muito! Zambardino chama atenção para o fato de que, na rede, há produção de memória e geração de contextos a partir do material disponibilizado, que permanece na rede indefinidamente, é apropriado, copiado, revisitado, aprofundado, circulado em listas e blogs, contextualizado. As notícias de ontem são parte dessa textura, coletivamente construída, de sempre.Vale a pena ler.

A foto dos peixes é de Vicky53 e foi encontrada no MorgueFile.

marcos palacios