Jornalismo drone: emissoras de TV brasileira se preparam para adquirir seus próprios equipamentos

As emissoras de TV brasileiras já começam a investir nos drones próprios para a cobertura noticiosa e novelas. Isso porque esperavam a regulamentação da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil), prevista para acontecer até o final deste ano.

Segundo o blog Outro Canal, da Folha de S. Paulo, a Record já testa dois drones com câmeras e wi-fi, que transmitem imagens ao vivo. A Rede TV! também usa um equipamento no jornalismo. Band e SBT ainda não usaram drones, mas já planejam adquirir os equipamentos que podem custar entre R$ 15 mil e 100 mil.

O uso de drones no jornalismo não é novo. A Folha de S. Paulo e a própria TV Globo contrataram serviços de empresas especializadas para a cobertura das manifestações de junho de 2013. O Terra também testou o equipamento durante do Carnaval no Rio de Janeiro e São Paulo. No mundo, a CNN e BBC também já exploram a tecnologia.

Apesar da euforia com imagens a partir de pontos de vista diferentes e sem a exposição dos repórteres ao risco, o uso dos drones tem levantado uma série de questionamentos éticos e de segurança. Em janeiro de 2013, por exemplo, durante a inauguração da Arena Castelão, em Fortaleza (CE), um drone que registrava imagens do local perdeu o controle e caiu contra a torcida, sem deixar feridos.

A exploração dos helicópteros na cobertura jornalística realmente parece estar com os dias contados. Mais ágeis e com menos custos, os drones devem ser cada vez mais usados pelos veículos de comunicação. No entanto, o jornalismo drone ainda deverá passar por algumas regras, que estão longe do cerceamento à liberdade de expressão, como os entusiastas da nova tecnologia e contrários às restrições do seu uso alegam. A necessidade de uma legislação sobre o uso do equipamento diz respeito a segurança do cidadão e a garantia ao direito à privacidade. Afinal de contas, ninguém quer acordar e, ao abrir a janela de sua casa, se deparar com drone lhe filmando.