No texto Rede Ibero-americana de Comunicação digital – Projeto “Comunicadores Digitais”, o professor Carlos Scolari mostra que a rápida expansão dos meios digitais apanhou de surpresa as instituições de ensino onde se preparam futuros comunicadores. Indica também que o ritmo acelerado transmitido pela tecnologia a todas atividades sociais deixou cursos de comunicação, tanto da Europa como da América Latina, até certo ponto defasados da realidade. Nascidas há duas ou três décadas, as licenciaturas em comunicação foram pensadas para um tipo de profissional e de mercado em vias de extinção.

Seguindo a mesma linha, o professor Ramón Salaverría indica um artigo publicado por Guillermo Franco, editor do Eltiempo.com, que traz reflexões sobre a formação jornalística na era dos meios digitais. Segundo Franco, as universidades que têm repensado seus cursos de jornalismo frente ao novo contexto digital são minoria, afirmando que a atual formação se acomoda às exigências da profissão.

O artigo serve de apresentação para tradução de uma dissertação de C. Max Magee, que foi divulgada originalmente em inglês pelo Online News Association. O trabalho analisa as capacidades profissionais que deveriam ter um jornalista para trabalhar nos cibermeios. No mesmo post, publicado em seu blog, Salaverría indica um texto de sua autoria para expressar sua opinião: “Criterios para la formación de periodistas en la era digital, ponencia en el I Congreso Nacional de Periodismo Digital. Huesca, 14-15 de enero de 2000”.

Aproveito a oportunidade e indico outro trabalho desenvolvido pelo professor Carlos Scolari: “Nous perfils professionals de l’actual panorama informatiu audiovisual i multimèdia de Catalunya”. A investigação é do Grupo de Recerca d’Interaccions Digitals (GRID) da Universidade de Vic. O texto é em Catalão e pode ser lindo aqui (PDF).

Alberto Marques